Por Alessandro Zaharur
03 de março de 2016
Jim começa a se desviar de sua integridade, Cobblepot tira seu período de descanso como rei de Gotham e a série retorna, de novo, com mais dois vilões do universo do Morcegão: Mr. Freeze e Hugo Strange.
O episódio se inicia com um gancho do arco Theo Galavan. Sendo interrogado por Harvey Dent, em companhia de Barnes e todo o DPGC, Jim é questionado sobre sua participação no assassinato do antigo prefeito. Questionamento esse que não intimida a firmeza do policial, e firmeza essa que não convence Barnes, capitão do departamento.
No outro lado da força encontramos Butch, agora líder de todo o império do seu antigo chefe. Após a fuga do antigo Rei de Gotham, devido sua relação com a morte de Theo, seu ex-capanga nos é apresentado como um comandante claramente ruim e sem motivação. Para animar um pouco o grandão e a cena, temos a volta de Tabitha, que chega com sua arrogância e fodisse de sempre.
Esse retorno também nos mostra, adiantadamente, o novo vilão Mr. Freeze. Com as mesmas motivações e ambições do cânone (aliás, um ponto fortíssimo da série com relação aos seus personagens), conhecemos sua doente esposa Nora e sua famosa arma congelante. Utilizando, sem nenhum remorso, pessoas como cobaias em seus experimentos gelados, Victor Fries é motivado pela esperança de salvar o seu amor, nos questionando mais uma vez na série o limite da loucura e do que é considero certo.
Já Pinguim não passa pelos seus melhores dias. Após o desmoronamento de sua vida nos últimos episódios, o vilão mais simpático da série tem só declínios durante o episódio. Desmotivado pela morte de sua mãe, ele passa de mendigo para preso e depois para louco, sendo levado para o famoso Arkham Asylum. Durante a passagem de Oswald pelo DPGC, Jim aparece com o “cu na mão”, já que sua participação no crime poderia ser revelada, mas por sorte ou amizade o ex-mafioso não entrega Gordon.
Ocorreram ainda dois pontos muito interessantes no episódio, o primeiro dentro de uma farmácia da cidade, onde Freeze procura desesperadamente por remédios para a sua amada. Não tendo a receita, o farmacêutico nega dar o remédio para Victor (claro que esse farmacêutico não lembra que trabalha em Gotham. Um dos lugares mais perigosos e tal!). Não deu outra, um pouco mais tarde presenciamos a volta do vilão, mas dessa vez com sua arma congelante (e nesse ambiente vemos uma coisa impressionante, a única farmácia que está mais cheia a noite do que de dia).
Da metade para o final conhecemos, através da chegada de Cobblepot em Arkham, nosso novo vilão Hugo Strange. Como nos quadrinhos, o psicopata é o atual psiquiatra e chefe do hospício. Logo de cara somos acometidos com o encontro dos dois loucos (ou seja, todos os vilões já se conhecem quando o Batman aparece). Através de uma briga de egos vemos seu modo calculista e calmo, além de sua enorme influência dentro do ambiente.
O final do episódio é destacado pelo descobrimento do laboratório de Victor pelos nossos policiais protagonistas e pela esposa do louco. Com todos concentrados no DPGC, Nora, por extrema lealdade, decide não entregar o marido, e este por sua vez vai buscá-la, dando de cara com sua cobaia recém descongelada. Além disso, Hugo nos revela que está por trás de todos os experimentos realizados no subsolo de Gotham, com direito a passagem secreta pelo Arkham.
A segunda parte da temporada volta em ritmo idêntico ao da primeira. Utilizando de fórmulas já conhecidas, com muito sangue, “nojinho” e assuntos pesados (coisas raras no formato televisivo entre séries de herói), Gotham caminha para um grande final de seu ano e com personagens bem construídos.