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Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. s01e04 – Eye Spy [REVIEW]

SHIELD-cast

Por Guilherme Souza

Poucos dias após ter sua primeira temporada completa garantida, Agents of S.H.I.E.L.D. nos trouxe o que foi, até aqui, seu mais fraco episódio.

Começamos com uma bela cena onde vemos um grupo de mascarados (impossível não lembrar do Caveira Vermelha neste momento) andando por uma cidade e embarcando num metrô para, logo em seguida, serem completamente apagados por uma mulher misteriosa.

A cena, muito bem filmada, dá a impressão de que a mulher em questão – que descobrimos ser uma ex-agente da S.H.I.E.L.D. chamada Akela Amador – tem poderes psíquicos, algum dom que a permite ver além do que é possível ou até ler mentes, como foi até levantado durante algum tempo. Assim, o episódio realmente se inicia com Coulson revelando a identidade dela, além de falar que Amador era uma ex-agente treinada por ele.

A possibilidade de vermos uma possível mutante, alguém com reais poderes, empolga no início e faz o episódio seguir bem enquanto vemos continuidades do episódio passado, como Skye continuando seu (falho) treinamento com Ward. E May resolve entrar de vez para a ação nesse episódio, ao tentar capturar Amador sozinha.

O problema vem justamente após essa tentativa. Descobrimos que, na verdade, o que permite Amador conhecer tão bem os movimentos inimigos e saber exatamente onde as pessoas nas proximidades estão, é uma câmera implantada no lugar de um de seus olhos, e ela faz os serviços sujos porque há neles um mecanismo de autodestruição que irá matá-la se não fizer o que mandam. Esse plot acaba com a expectativa de algo mais místico vindo da série e podemos esperar que nos próximos episódios eles realmente foquem na tecnologia, ao invés disso.

Fraco também é o desenvolvimento do enredo a partir daí. Quando Amador é capturada por Coulson, ela é levada para retirar seu olho-câmera, enquanto Ward vai completar a missão dela e descobrir mais sobre quem a comandava. Temos então alguma ação e piadas com a dupla Skye-Ward, mas nada além do básico visto nos episódios passados e, para completar, no fim do episódio não recebemos resposta alguma. Ward completa a missão, descobrindo um grupo de estudiosos estudando alguma linguagem desconhecida e, quando Coulson descobre quem comandava Amador, a pessoa morre, mostrando que estava praticamente na mesma posição de serviçal que ela num grande e misterioso esquema. O ponto alto de todo esse ato final acaba sendo a comédia, envolvendo Ward tentando criar um bromance com um guarda para a missão.

Agents of S.H.I.E.L.D. vinha de uma sequência de episódios interessantes, mas escorregou levemente, nos entregando um episódio que não adicionou praticamente nada ao enredo da história. Os personagens não foram mais desenvolvidos e nenhuma resposta nos foi dada. Pelo contrário, mais questões foram levantadas, inclusive sobre a história do agente Coulson. A falta de informações atiça o público, sem dúvida, só ver trabalhos feitos em séries como Arrow, por exemplo. Mas, isso deve ser bem empregado no roteiro, senão sobra um vazio e muitas perguntas não respondidas. É visível que desde o primeiro episódio, a série busca esse ar misterioso para o seu maior plot, mas deve tomar cuidado para não se perder e trazer mais episódios que parecem ter sido feitos somente para preencher um horário na tv. O universo Marvel é muito rico para tão pouco desenvolvimento.

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