Home » Colunas » Webséries e a representatividade lésbica

Webséries e a representatividade lésbica

werseries_e_a_representatividade

  • Por Vinicius Koli
  • 03 de Janeiro de 2016

Se existe um assunto que é a cara da coluna Uma Caneca para Todo Mundo, é a tal da representatividade. Estamos tão acostumados a ver o lado ruim do mundo, o lado negativo da internet, que quase sempre fechamos os olhos para as coisas boas que surgem na nossa frente.

Abordar o movimento LGBT na TV e no cinema não é nenhuma novidade nos dias de hoje. Cada vez mais as grandes mídias estão investindo na representatividade, porém, essa nem sempre consegue ser positiva. Produtores por muitas vezes, possuem o hábito de utilizar o queerbaiting para atrair público, estereotipando seus personagens, principalmente do sexo feminino, onde as grandes amizades são mais corriqueiras.

Mas quando a química é boa, quem consegue resistir?

Se parar para pensar, qualquer ship imposto em uma série de TV, está ali com um único propósito: fazer dinheiro, muito dinheiro. Então quem disse que não posso desfrutar desse queerbaiting maravilhoso, que com muita ilusão, futuramente, pode se tornar canon?! Aproveita miga, mas não esquece de abastecer o papel de trouxa. Mas como citei no início do texto, tudo tem seu lado positivo e negativo.  A representatividade também atrai bons frutos. É fácil se sentir representado com plots gays nas séries, e mais ainda com as webséries.

Webséries normalmente são produções de baixo custo, mas com tramas bem trabalhadas. O mercado das webséries com temática lésbica é gigantesco, pelo simples fato dos roteiristas não precisarem ficar presos aos números, podendo assim, trabalhar com mais carinho em suas obras.

8 Webséries (incluindo algumas brasileiras <3) para você entender sobre o que estou falando.

Carmilla

Carmilla é a mais popular da lista, tanto a websérie, como a história de J. Sheridan Le Fanu. A releitura moderna da obra de mesmo nome traz uma série de aventuras na Sillas University, onde Carmilla, a vampira emo gótica das trevas, precisa lidar com Laura e sua turma.

Indo para o seu terceiro ano, Carmilla já conta com uma temporada derivada, um especial de Natal, e um fandom imenso e dedicado. A trama bem adaptada, boas atuações, e pasmem, os bom efeitos especiais, agregam a essa websérie bem humorada, com pitadas de ação.

Onde encontrar: link
 Legenda: Português.

Scissor

Scissor é uma websérie norte-americana, ainda esperando para estrear. Tendo apenas o seu piloto divulgado, ela promete narrar os casos e acasos de um grupo de amigas, lembrando um pouco a saudosa The L Word. E seu elenco conta com ninguém mais e ninguém menos, que Jamie Clayton, a Nomi de Sense8.

Onde encontrar: link
 Legendas: inglês

.

Out With Dad

Out With Dad é uma websérie canadense, um drama que conta com uma sensibilidade absurda, onde Rose precisa lidar com as descobertas de sua sexualidade, uma paixão platônica por sua melhor amiga, os desafios de estudar em uma escola católica extremista. A série ainda aborda temas como o bullying, depressão, suicídio, amizade e obviamente o amor.  

Out With Dad não conta com grandes atuações, ou uma produção marcante, mas Rose encanta, ao tentar sobreviver com simplicidade em meio a tantos dramas.

Onde encontrar: link
Legenda: Português

Copan

Copan é uma produção brasileira dirigida por Catharina Strobel, que narra a história de cinco amigos que precisam aprender a lidar com a vida adulta, enquanto tendem sempre a se apaixonar pela pessoa errada. Uma comédia brasileira, que fala sobre descobertas e amores proibidos. É fácil se apaixonar por essa série, quando sua trilha sonora completa o cenário perfeito da grande São Paulo. 

Onde encontrar:
websérie brasileira.

Couple-Ish

Também canadense, Couple-Ish é uma dramédia onde para livrar sua companheira de quarto de ser deportada, Dee precisa fingir um relacionamento com Rachel. E esse relacionamento acaba transformando o “amor” do casal em um canal no youtube. Mas o jogo vira, quando Dee começa a nutrir sentimentos reais por Rachel. 

Onde encontrar:
 Legenda: Português

.

Feminin/Feminin

Se Scissor pretende seguir os passos de The L Word, Feminin/Feminin é o aprendiz mais bem sucedido da série. Com uma produção franco-canadense, ela traz uma enorme bagem emocional, prendendo o telespectador nos dramas diários vivos por essas mulheres que só querem amar livremente.

Onde encontrar:
 Legendas: inglês.

RED

Em RED, Mel e Liz são duas atrizes que se apaixonam durante as filmagens de um longa. Já mundialmente conhecida,  RED foi a primeira a abordar a temática lésbica em forma de websérie no Brasil. Escrita por Viv Schiller e Germana Belo, RED quebra pudores na hora de contar sua história..

Onde encontrar: link
Websérie brasileira.

Til Lease Do Us

Til Lease Do Us Part é uma antologia também produzida no Canadá. Escrita por Adrianna DiLonardo, e dirigida por Sarah Rotella, a websérie traz a premissa “uma apartamento e muitas histórias”. Em sua primeira temporada acompanhamos o relacionamento de duas ex-namoradas que precisam dividir o mesmo teto; e na segunda, duas amigas melhores amigas que “disputam” a mesma garota.

Onde encontrar:
 Legenda: Inglês

.

Gostou da indicações? Agora nos ajude indicando temas para a coluna. Mande uma e-mail para com o assunto “Uma Caneca para Todo Mundo”.

Revisado por: Bruna Vieira

bruna vieira Carmilla Copan Couple-Ish Feminin/Feminin Jamie Clayton Out With Dad Red Scissor Til Lease Do Us Uma Caneca para Todo Mundo webséries

Leia também: