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DragonBall: Xenoverse [Crítica]

dragonball-xenoverse

por Artemys Ichihara
15 de julho de 2016

O ano é 850. Você é transportado para um mundo misterioso, über-tecnológico, que tem humanos de várias etnias diferentes, humanos (?) de cabelos espetados e um rabo de macaco (!), criaturas verdes e muito altas, criaturas rosas e não tão altas e, por fim, criaturas que você sequer consegue descrever. À sua frente, um rapaz, aparentemente humano, diz que você é a resposta a um desejo que ele fez pra qualquer coisa que se chame “Shen Long”.

O que um dos CEO da Corporação Cápsula está fazendo com uma espada nas costas e um papo sobre “viagens no tempo”?

Essa é a introdução, de maneira (mal) resumida, de DragonBall: Xenoverse, MMORPG produzido pela Bandai que mescla elementos de jogos do gênero (World of Warcraft, Ragnarök Online, Final Fantasy XIV) com os clássicos jogos de luta normalmente produzidos para a saga (DragonBall Tenkaichi Budoukai, por exemplo).

Com a possibilidade de se jogar online e off-line, você controla um Patrulheiro do Tempo, vindo de algum lugar do passado trazido por Shen Long, o dragão que realiza desejos ao se juntar suas sete esferas, a fim de ajudar Trunks Brief, um dos fundadores da Patrulha do Tempo, a corrigir erros históricos causados por pessoas que desejam desestabilizar a História e destruir todas as linhas do tempo.

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(se até o Tim Maia tá jogando, acho que você podia tentar também)

O jogo nos apresenta a cidade de Tokitoki, uma espécie de base para os Patrulheiros, e sua guardiã, a Senhora Kaioh do Tempo, a principal responsável por manter a História segura e sem mudanças drásticas. Proporcionando uma ótima imersão no universo de DragonBall, o jogador pode escolher entre cinco raças diferentes para criar seu avatar, sendo elas terráqueo, saiyajin, namekuseijin, majin e freeza.

Dividido em missões principais e paralelas, Xenoverse não somente dá a possibilidade de se montar um personagem com as principais raças criadas por Akira Toriyama, como também nos dá a honra de sermos discípulos de seus principais personagens. Para quem é fã, a experiência é uma incrível sequência de algo que, inclusive, pode ser considerado fanservice, mas faz com que o dinheiro investido no jogo valha a pena.

(Kuririn sendo: fofo)

(Kuririn sendo: fofo)

Entretanto, nem tudo são flores. A jogabilidade peca em diversos aspectos: os controles não são muito óbvios (pelo menos na versão de PC) e a câmera, principalmente enquanto se performam lutas aéreas, não é totalmente controlável. Os personagens, enquanto lutando, muitas vezes não conseguem se aproximar dos adversários porque a mobilidade é um pouco esquisita. Além disso, a curva de aprendizado do jogo é bastante desbalanceada, e a falta de novas missões entre os níveis, associada com missões cujas resoluções necessitam de muitas tentativas, acabam por incitar o abandono do jogo ainda nas suas primeiras horas.

(seria a Adrien jogando escondido???!!!!)

(seria a Adrien jogando escondido???!!!!)

Outra coisa que me incomodou bastante – mas isso porque sou fã da dublagem brasileira – foi o fato de o jogo ter sido dublado apenas em japonês e inglês. Embora eu goste de ouvir o Handsome Jack falar comigo toda vez que Cell e Gohan aparecem, os termos em inglês são péssimos, e japonês é uma língua distante da maioria das pessoas. Entretanto, o jogo tem legendas e elas, em geral, são boas – ainda que estejam erradas em algumas ocasiões.

(patrulheira seduzente)

(patrulheira seduzente)

DragonBall Xenoverse é uma ótima pedida para quem ama a série e quer sentir o gostinho de fazer parte do universo de uma das animações mais influentes das últimas décadas. Os itens, os cenários, as missões: tudo foi pensado para agradar até mesmo os fãs mais chatos, e seu design amigável o torna adequado – embora não recomendado – até mesmo para crianças. Entretanto, sua jogabilidade pouco “anatômica” e seu sistema desbalanceado pode afastar quem começou sua aventura apenas em busca de um bom jogo.

DBXenoverse

revisado por Aline Machado

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