por Alexandre Moreira, Dandara Emilly
em 03 de Abril de 2016
Um dos lançamentos mais aguardados do ano chegou aos cinemas para fazer a abertura da nova fase da DC na telonas. O confronto entre os heróis mais famosos da DC Comics criou grandes expectativas e rebuliço nas redes sociais. No entanto, parte do público parece ter saído um pouco decepcionada da sessão.
Ben Affleck surpreendeu ao dar vida ao homem morcego e o já conhecido trabalho de Henry Cavill não deixou a desejar. Os olhos estavam voltados para Lex Luthor, na pele de Jesse Eisenberg, que pôde deixar transparecer certo exagero no papel. Em meio a uma produção de encher os olhos de qualquer um, o longa de quase duas horas e meia, com uso de uma fotografia sombria, gera certo cansaço no começo do filme.
Fazendo uso de flashbacks, a origem do Batman é apresentada de forma sutil e dramática, enquanto o link com “Homem de Aço“ fica pela retomada de cenas do filme na visão de Bruce Wayne.
Carregado de referências, é possível ver, no desenvolver do longa, uma personalidade muito mais sombria do homem morcego, assemelhando-se mais aos quadrinhos e que talvez possa ser explorada, se houver um filme solo. Já os outros personagens são caracterizados por ótimas interpretações. Gal Gadot ganhou a todos com sua Mulher-Maravilha e mostrou a que veio, deixando um gostinho de quero mais que será saciado com seu filme, em 2017.
A direção extremamente visual de Zack Snyder é um dos pontos positivos. Com tomadas bonitas e muitas vezes simbólicas, o filme compensa por seu 3D não tão bom assim. Quanto a trilha sonora de Hans Zimmer, podemos dizer que casou perfeitamente com o filme. Em muitas cenas, as músicas se entrelaçam, inclusive, com os diálogos.
A história ainda mostra outros heróis famosos da DC, mas de uma forma não tão clara, o que dificulta as coisas para quem não conhece um pouco do universo dos quadrinhos. As melhores sequências de ação são entre o Batman e o Superman, e entre a Mulher-Maravilha e o Apocalypse. Diversas teorias acerca do significado do filme como o retorno da DC aos cinemas surgiram, principalmente no que remete aos heróis que nomeiam o longa e as consequências de suas ações.
Quem está esperando risadas e heróis cômicos tão característicos dos filmes dos últimos anos lançados pela concorrente, pode esquecer. Os heróis de A Origem da Justiça são sérios, focados e, até mesmo, sombrios. Todos sabemos que quem faz piada na DC são os vilões e para isso teremos Esquadrão Suicida em Agosto.