por Alexandre Moreira
em 30 de Abril de 2016
Um dos maiores“blockbusters da Broadway” inaugurado em em 2003 nos Estados Unidos chega ao Brasil e está em exibição no Teatro Renault em São Paulo. “Wicked” é uma mega produção e encanta o público de todas as idades.
Já falamos do romance “Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West” (1995) do autor Gregory Maguire aqui no site. Foi a partir dele que o espetáculo foi criado. Mas afinal, por que esta peça é tão especial?
A trama conta história das bruxas de Oz antes da chegada de Dorothy e narra uma outra versão dos personagens. Em “O Mágico de Oz” encontramos com as Bruxas Má do Leste e Oeste e a Bruxa boa do Norte (Glinda). Em “Wicked” temos a chance de mergulhar no passado de todas elas e, principalmente, conhecer a vida da Bruxa Má do Oeste -que passamos a conhecer como Elphaba – sua infância e a razão do seu destino.
Glinda (Bruxa Boa do Norte) começa a narrar sua história de Elphaba em um flashback: desde o nascimento do bebê verde até o trágico fim pelo balde d’água derrubado por Dorothy. As lindas canções nos apresentam segredos sobre o passado de Oz, a vida das Bruxas durante a Universidade Shiz, e a Cidade das Esmeraldas.
No começo as bruxas se odeiam e criam inimizades, inclusive pela atração por Fiyero, mas aos poucos constroem uma forte e verdadeira amizade. Enquanto isso, existem forças malignas em Oz que são contra os Animais falantes e ao descobrir, Elphaba procura usar seus poderes para ajudar. Glinda se junta a ela na visita à Cidade das Esmeraldas para pedir ajuda ao ~grandioso~ Mágico de Oz e neste momento que seus destinos são selados.
Sem palavras! Só mesmo com a experiência para descrever o que o espetáculo visual de “Wicked” desde o fabuloso dragão que emoldura o palco aos cenários rotativos que se alternam nas cenas, é tudo maravilhoso e rico em detalhes. A “transição” entre os locais parece ser completamente real. Para quem tem dúvidas, trata-se de reproduções fiéis aos recursos e cenários usados na própria Broadway, então podem manter suas expectativas lá no alto!
Quando musicais deste tipo chegam ao Brasil muitas pessoas ficam inseguras quanto à tradução das musicas a partir das obras originais, mas pode confiar que estão show! Boa parte do repertório da peça são conhecido pelo público. “Defying Gravity” por exemplo fez parte do portfólio das canções de “Glee”. Por falar em Glee, Idina Menzel (Shelby Corcoran) e Kristin Chenoweth (April) já encenaram, respectivamente Elphaba e Glinda em exibições originais. A maior parte do espetáculo é cantada (como esperado), mas todas canções tem ganchos e relações ótimas com as cenas e sequências narrativas. As alterações para rimas e métricas sonoras, é claro, também são esplêndidas.
O legal de versões de produções do exterior chegarem ao nosso país é termos a chance de darmos “nossa cara” e nesse quesito não posso deixar de elogiar as versões brasileiras de Elphaba e Glinda (Myra Ruiz e Fabi Bang, respectivamente). De modo geral, o elenco todo é espetacular e cantam todos muito bem mas é evidente que o trabalho dessas duas em criar suas próprias bruxas foi excepcional, para dizer o mínimo. Ainda sobre o elenco Jonatas Faro (Insensato Coração) e Andre Loddi interpretam Fiyero.
O Teatro Renault já é conhecido por receber grandes espetáculos como “Cats” e “O Rei Leão” e certamente não decepciona quanto à estrutura. Um dos mais tradicionais teatros da cidade, está localizado em uma importante avenida e tem fácil acesso. A compra de ingressos pode ser feita pela internet no site da Tickets for Fun com preços razoáveis: se liguem na obra prima da qual estamos falando, não é mesmo?
Se até agora não foi convencido a ver o show, finalizo o texto com a opinião de quem teve a oportunidade de conferir o espetáculo original na Broadway: “Eu vi duas vezes em Nova Iorque e a produção brasileira está perfeita, assim como a original, não tem como perder!” afirma Henrique B. certo de que também não será sua única vez a ver o musical no Brasil.