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Fuller House – 1ª temporada [Crítica]

Fuller-House

por Artemys Ichihara
20 de abril de 2016

Depois de 29 anos, a família Tanner (agora na verdade “Fuller”) volta para a casa mais famosa de São Francisco, desta vez, para a festa de despedida de Danny, que vai começar seu próprio talk show em Los Angeles, junto de Becky. Aos poucos, a casa vai enchendo dos personagens do elenco original — e mais alguns dessa nova temporada –, como DJ e seus três filhos, Tio Jesse, Kimmy e Stephanie.

O revival foi anunciado durante o ano passado pela Netflix e saiu no início de 2016, contando com todo o elenco original, com exceção das irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, que faziam o papel de Michelle, a irmã caçula. Narrando, desta vez, as aventuras de DJ como uma mãe solteira, seus três filhos e as duas companheiras de casa — Stephanie e Kimmy –, a série tem 13 episódios e está completa na plataforma de streaming.

Recorrendo regularmente a cenas e acontecimentos da série anterior, Fuller House remonta a história de Danny através de DJ, agora veterinária. Enquanto a filha mais velha se torna a pessoa super-responsável, sua irmã mais nova, Steph é a tia deslocada, que troca a música — ou seja, seu trabalho de DJ — pela vida em família (Jesse) e Kimmy, organizadora de eventos, a amiga sem-noção (Joey). O mesmo acontece com as crianças: Ramona e Jackson se dividem no papel da própria DJ, Max se torna Stephanie e o pequeno Tommy se vê na mesma posição de Michelle.

Apesar dos momentos divertidos que a série traz, ora engraçados com piadas e ganchos nada família, ora pela própria nostalgia, a série se afirma muito mais nesse sentimento de familiaridade do que em sua própria comédia. O que nos primeiros episódios parece gostoso, com o tempo, torna-se cansativo. A maneira como a série brinca com os mais de 20 anos passados entre o último episódio de Três é Demais (Full House) é, também, clichê: piadas com eletrônicos e avanços da tecnologia e, por vezes, referências a elementos da cultura pop atual. Embora a trama faça de tudo para que a personagem das Olsen não deixe buracos, sente-se a falta dela, uma vez que Michelle era uma das personagens com mais deixas para piadas durante a série original. Tenta-se quebrar isso com a sempre irreverente Kimmy, com a “nova” personalidade de Steph (e seu bordão clássico “Que grosseria!” (“How rude!”)) e com os trejeitos de Max; entretanto, ainda falta algo.

A série, em si, não é ruim, e rende boas risadas. Entretanto, não espere algo mais profundo, complexo ou trabalhado em suas situações bizarras. Kimmy continua louca, Steph faz um ótimo papel como Jesse 2.0 e DJ segura bem o papel de mãe-exemplar-super-protetora. O elenco de crianças, embora um pouco dolorido no começo, melhora conforme a série avança. Entretanto, se prender tanto às mesmas piadas tira um pouco da qualidade da série. Espero que, caso haja uma segunda temporada, a série comece a andar com as próprias pernas, sem ser uma sombra de Full House como Fuller House foi durante seus 13 episódios.

Apesar de não ser a melhor das séries, Fuller House é algo que certamente vai fazer você passar um tempo gostoso — e te fazer delirar se for fã da série original.

Fuller-House

Revisão: Aline Machado

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