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Crouching Tiger Hidden Dragon: The Sword of Destiny [Crítica]

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Por Pedro Henrique

28 de fevereiro de 2016

Depois de quinze anos, o mundo novamente pôde ter a graça de desfrutar da beleza de um bom filme de luta oriental. Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny é o mais novo lançamento da Netflix e que traz de volta para as telas a formidável espadachim Yu Shu Lien, interpretada pela esplendorosa Michelle Yeoh.

Sim, eu esbanjo elogios para esse filme. O Tigre e o Dragão: Espada do Destino (em tradução direta para o português) é continuação daquele O Tigre e o Dragão, lá dos idos anos 2000. Um filme que, na época, conseguiu faturar quatro Oscars, entre eles, o de Melhor Filme Estrangeiro. Infelizmente, é pouco provável que teremos essa proeza novamente, mas isso não diminui em nada a qualidade e a beleza que Espada do Destino carrega em si.

Assim como o filme de 2000, Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny é baseado num dos cinco contos da Pentalogia de Ferro (Crane Iron Pentalogy), uma coletânea de contos criada por Wang Du Lu entre 1938 e 1942. As histórias do autor chinês são protagonizadas por youxias, como são chamados os monges andarilhos, e se passam na era feudal chinesa, tal qual ocorre nos filmes.

Há, no entanto, algumas diferenças de enredo entre adaptação e os livros, mas nada que fira a história original. Pelo contrário, somam-se críticas positivas aos filmes, não é à toa que um deles foi premiado pela Academia.

No recente lançamento da Netflix, temos uma história que se passa anos após os acontecimentos do primeiro filme. Aqui, Yu Shu Lien se torna uma andarilha solitária que se vê obrigada (por uma questão de dever e honra) a retornar para os seus quando o destino da Espada do Destino (chamada de Destino Verde) parece se ligar à iminência de uma guerra entre clãs. Em Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny, o vilão, agora, é Hades Dai (interpretado por Jason Scott Lee), um homem que deseja a toda custa conquistar o máximo poder de guerra e que, para isso, inicia uma busca alucinada à Destino Verde.

A trama do filme, apesar de simples, é bem envolvente e muito bem desenvolvida. O filme em si é bem desenvolvido, temos momentos lúdicos intercalados com momentos mais sérios, seguidos de uma tensão pré-batalha que culmina em lutas que são realmente muito belas.

Obviamente, talvez por ser uma produção com não tantos recursos como a anterior, é possível dizer que Sword of Destiny não tenha 100% da beleza que O Tigre e o Dragão de 2000 tinha. No filme atual, é possível perceber que as cenas de saltos e vôos que os personagens executam algumas vezes não tem o mesmo grau de precisão que o filme de quinze anos atrás. Ainda assim, isso não é algo que diminua a qualidade do filme.

E, claro, temos as personagens e, obviamente, uma história de amor (ou do que pode vir a ser uma história de amor) intercalada entre os vários combates. Nós temos Yu Shu Lien, que parece reencontrar o destino amoroso de seu coração solitário. E temos também Meng Sizhao (interpretado por Donnie Yen), que agora assumiu a identidade de Lobo Solitário e que surge como o grande salvador da pátria (e dos corações partidos), ainda que não tenha sido só ele a salvar o mundo da destruição. Há ainda um plot secundário, encabeçado pela linda Vaso Nevado (Natasha Liu Bordizzo) e o lindo Tie-Fang (Harry Shun Jr.). Ambos trilham uma história de encontros e desencontros que não posso contar aqui (SPOILERS!!!), mas que acaba por ser de alguma importância para o desenrolar da história.

Os personagens secundários, por sua vez, ficam nesse plano mesmo e, dando um spoiler básico, não se apeguem a eles. Contudo, mesmo que esses personagens não tenham suas histórias mais aprofundadas, eles são realmente legais e dão equilíbrio e alívio cômico à história.

Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny é, sem dúvidas, um filme para amantes de lutas marciais e para os fãs de O Tigre e o Dragão. É um filme que, apesar de não ter toda a grandeza de produção de seu antecessor, continua sendo belo e envolvente e possui uma história que realmente chama a atenção, mesmo em sua simplicidade, e cumpre perfeitamente bem seu papel de entreter o telespectador.

E vocês, já viram o filme? O que acharam? Deixem suas opiniões abaixo e até a próxima!

Revisado por Ariane Lesnyak

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