Itália, lar de cidades magnificas como Roma, Veneza e Milão… Mas desviaremos de todo o glamour, nos dirigindo à pequena cidade de Disperata, a vila abandonada por Deus. A Vida em Família nos conta uma história sensível, sobre cidadãos que amam sua pequena cidade apesar dos problemas.
Dividido em três núcleos, o filme de Edoardo Winspeare nos apresenta Pati, que após um roubo mal sucedido acaba sendo preso, deixando sua esposa e filho. Cansado com o peso da culpa, Pati consegue finalmente expurgar seus fantasmas através da Poesia ensinada por Fillipo, prefeito da cidade. Fillipo por sua vez, está enfrentando diversos problemas na prefeitura com a oposição tomando conta e vê como unica forma de lazer, ensinar cultura e arte aos penitenciários da cidade. E por ultimo temos Argiolino, irmão de Pati, obcecado pelo Papa Francisco que após o roubo mal sucedido que prendera seu irmão, está disposto a tentar roubar o banco de Disperata novamente.
Com um roteiro mediano, temos como maior destaque da obra a interação entre os personagens e cidadãos de Disperata, conseguindo nos entregar uma cidade orgânica e funcional, onde todos vivem suas próprias vidas e conflitos.
Apesar de se tratar de uma comédia, o filme acaba pecando no timing das piadas, tornando-o muitas vezes ineficaz e cansativo, com um humor especifico e com breves momentos de monotonia. A maior carga cômica da obra, fica por conta de Angiolino, que apesar de bem construída, quebra o ritmo do filme de maneira negativa.
Apesar de cansativo em alguns pontos, o filme consegue ilustrar de maneira sensível como a arte tem o poder de mudar a vida de uma pessoa. Com estreia marcada para 06 de setembro, o longa é uma opção para os que buscam por uma experiência diferente do habitual.