Por muitos anos o público pediu a continuação de Os Incríveis, considerado por muitos um dos melhores filmes de super heróis. O projeto nunca apareceu como prioridade dentro do estúdios da Pixar e do diretor Brad Bird, até que em 2015 anunciaram o que tanto aguardávamos, Os Incríveis 2. Mas será que valeu a pena ou é apenas mais uma das continuações do estúdio visando a venda de produtos, como aconteceu com Carros 2?
Foram 14 anos de espera e mesmo com o gancho final, o filme não precisava de uma continuação, deixando aberto as possibilidades de aventuras na mente do expectador. Mas Brad Bird consegue manter o ótimo roteiro e direção, entregando um novo filme de super heróis que já pode ser considerado a melhor continuação dentro dos filmes do gênero.
Apesar dos anos que se passaram, o filme parte exatamente do ponto onde acabou o primeiro. Os elementos base estão todos ali, acompanhamos os dilemas da família Pera em terem super poderes e não poderem usarem. No filme, a Mulher Elástica é escolhida para missões tentando assim conquistar a aceitação do público com os super heróis que ainda estão proibidos de serem quem realmente são. Já o sr. Incrível fica responsável de cuidar dos filhos e vê a frustração do sucesso da esposa, enquanto tenta se adaptar a vida de dono de casa.
O destaque desta continuação é claramente o bebê Zezé, que possui 17 super poderes que sem conseguir controlá-los acaba criando as situações mais engraçadas. Edna Moda retorna da maneira que esperávamos, roubando a cena com poucos minutos de cena. Vale também destacar a trilha de Michael Giacchino.
As desilusões da fase adulta e os dilemas familiares estão de volta, mas é a aceitação dessa nova fase da vida que traz o diferencial. A responsabilidade em proteger e manter a família unida reflete nas ações dos personagens. Se antes haviam receios para uma continuação, o sucesso de bilheteria e crítica mostram que a espera valeu a pena e é impossível sair do cinema não pensando em um terceiro filme.