Um dos mais célebres romances policiais escritos por Agatha Christie – a rainha do crime, O Assassinato no Expresso do Oriente foi readaptado para o cinema e chega às telonas em 23 de novembro com nomes de peso como Johnny Depp, Penélope Cruz e Daisy Ridley no elenco.
Com uma trama relativamente simples, a autora é capaz de prender atenção do leitor e aguçar a ansiedade de qualquer um que tente desvendar o crime junto ao detetive Hercule Poirot. Com mais de 3 milhões de cópias vendidas apenas no ano de publicação, o título já ultrapassa a marca da 20ª edição. No cinema, já foram feitas adaptações em 1974, 2001, e 2010.
A história começa quando o mais amado detetive belga embarca no famoso Expresso do Oriente com destino à Londres após a resolução de um caso na Síria. Junto a ele, outros passageiros de diferentes nacionalidades, ocupam as demais cabines.
Surpreendentemente cheio para a época do ano, o trem começa a viagem de forma atípica e se complica ainda mais após uma nevasca que pede o prosseguimento do caminho. A maior surpresa porém, aparece na manhã seguinte, quando um dos passageiros é encontrado morto com 12 facadas e com a porta da cabine trancada por dentro. O mistério é entregue aos cuidados de Hercule Poirot que assume com destreza a investigação do caso.
A escrita de Agatha é de tal forma simples e envolvente que nos transporta à mente do detetive. Na busca de indícios ao longo das páginas, a sensação é de andar pelo trem olhando para cada canto e para cada passageiro em busca da verdade aparentemente insolúvel.
O livro se estrutura em três partes: “Os fatos”, “Os testemunhos” e “Hercule Poirot para para pensar”, com essa divisão didática e metódica a autora nos permite investigar, junto a Poirot e criar nossas próprias teorias a respeito do crime.
O mais interessante dos livros de Christie é o desenvolvimento e a complexidade que ela dá aos seus personagens através da leitura psicológica que Hercule Poirot faz. Especialista em comportamento humano, suas deduções aparentemente impossíveis tornam-se palatáveis à medida em que explica seu raciocínio analítico dos suspeitos.
Muitos dizem que este é o único mistério que o famoso Hercule Poirot não consegue resolver, o que é verdadeiro em partes, somente. De toda forma, o mais rico e valioso da obra é a condução linear e instrutiva que nos convida a entender e resolver o crime antes do nosso herói bigodudo.
Depois de “O caso dos dez negrinhos” – o Assassinato no expresso do oriente está no topo da lista dos favoritos dos fãs da autora britânica e com certeza não é sem razão.
Aguardamos agora, a nova adaptação para o cinema sob a direção de Kenneth Branagh (Dunkirk, Cinderela e Thor) que chega em 23 de novembro.