Por Beatriz Albarez.
19 de novembro de 2015.
Finalmente A Esperança – Parte 2 estreou nos cinemas! Todo fã já estava com o coração apertado querendo ver como o filme iria traduzir tanta emoção do final da saga de Jogos Vorazes… E, bem, com uma adaptação tão fiel ao livro, no final foi muita emoção mesmo.
Jennifer Lawrence soube realmente entrar na personagem de Katniss, sendo, muitas vezes, fria em meio à tanto sofrimento em toda a Panem com a guerra. Porém, ela não se deixa dominar pela indiferença e ainda mantém a principal característica da personagem que conhecemos lá no início de Jogos Vorazes: a Katniss que se coloca à necessidade dos outros. Ela luta nessa revolução sem se esquecer que todos que participam delas são humanos também e merecem a chance de viver.
Enquanto outros personagens secundários tiveram ótimo desempenho ao longo do filme, como Plutarch – que tem um jogo político bem interessante, se pararmos para observar toda sua estratégia de apoio à revolução – Gale foi um que teve papel quase que desnecessário nesse filme, não fosse pelo romantismo – que, por sinal, reduziu ainda mais sua relevância – e pela despedida entre ele e Katniss no final.
As cenas que se iniciam no túnel subterrâneo com os bestantes e que seguem até conseguirem abrigo com Tigris é, sem dúvida alguma, de tirar o fôlego e prender a atenção de todos. É uma série de desgraças que foi muito bem sequenciada no filme. Se nos livros elas são perturbadoras, nas telas do cinema ficaram ainda melhores. No entanto, foi tudo tão rápido que não houve espaço para sentimentalismo, principalmente na morte de Finnick – tão sentida pelos fãs dos livros.
No entanto, se durante todo o filme assistimos uma falta de sentimentalismo, na cena de Katniss gritando com o gato de Prim – já de volta ao Distrito 12 – ela expressa tudo o que guardou desde o início da revolução contra Snow e o sistema político de Panem: a tristeza pela morte de Prim, de todos os civis que não mereciam morrer, das crianças, a destruição do seu Distrito, os próprios Jogos… Nesse momento é impossível não se emocionar.
Por fim, A Esperança teve uma adaptação que deu um ótimo fechamento para a saga e é digna de um replay! Por outro lado, agora vai ser difícil encontrar outra tão fiel, não é?