Por Adrien
30 de Junho de 2015.
Esse episódio trouxe personagens icônicos das outras temporadas, o que me deixou animada assim que fiquei sabendo disso. Seria interessante se eles tivessem explorado mais a Murasaki, mas acredito que estamos sendo preparados para episódios mais intensos – ou assim espero.
Aperitivo (mesmo significado em português) é a denominação utilizada para as preparações culinárias ligeiras, simples ou elaboradas, frias ou quentes. A sua função é abrir o apetite, impressionar ou manter os comensais ocupados enquanto aguardam pelo prato principal. Ex. de aperitivos italianos: bruschetta, spritz.
Curiosamente, o antipasto (que foi o episódio 1) também significa aperitivo, sendo consumido antes da refeição principal. Acredito que isso mostra que seria outro episódio bem introdutório sobre o que aconteceu pós eventos da finale anterior.
Eu sei que esse episódio foi lento e um pouco chato, mas como eu adoro desenvolvimento de personagens, não achei ele nada inútil. Se descentralizando de Will e Hannibal, ele mostrou o que aconteceu com as outras vítimas da manipulação do canibal. As dúvidas que ainda restavam foram cessadas por aqui. Achei que a Alana seria uma das pessoas que perdoariam Lecter, ao invés de Jack. Porém, com vários ossos quebrados, ela foi ao encontro de Mason Verger, que por sua vez eu não imaginei que reapareceria na série. É difícil de esquecer a cena dele na casa de Will, sentado na poltrona e dilacerando o próprio rosto para comer. Pra mim foi uma das partes mais marcantes em toda série, até porque Michael Pitt (o ator que o interpretava) fez um trabalho impecável em demonstrar a sua personalidade insana. Confesso que a troca de ator para Joe Anderson não me agradou muito, mas na tela não faz diferença. Depois de tudo que aconteceu, Mason não é mais a mesma pessoa que era antes e com toda sua reconstrução facial e a dificuldade na fala, não atrapalhou na distinção do personagem.
Em resumo, “Aperitivo” mostrou que Hannibal precisa se cuidar, porque há bastante pessoas querendo-o morto… Ou servido num prato frio. Jack é o único que o deixou ir (apesar de eu achar que talvez ele ainda se envolva no caso) e Will não sabe o que ele quer.
A morte de Bella era previsível, mas de qualquer forma foi triste. A troca de cenas entre eles se vestindo para o casamento e para o velório foi muito inteligente e a despedida perfeita para a personagem, que sempre trazia juízo e tranquilidade para Jack. Preciso dizer que, mesmo adorando Verger, essa foi minha cena predileta do episódio, com toda sua melancolia.
Acho que a parte confusa dessa temporada é simplesmente porque mudou o foco. Enquanto na primeira tinha Will fazendo um perfil de Lecter, na segunda tinha toda aquela guerra psicológica intensa. Nessa terceira, porém, não há disputa entre os protagonistas e as cenas surrealistas acabam se passando mais na mente de Graham com seu “mind palace”, além das breves alucinações que ele ainda tem.
Após muitos episódios preparativos, espero que a série intensifique os episódios e desenvolva mais o que mostrou até agora. Porque o que todo mundo quer é ver o circo pegar fogo.