Um sonho dentro de um sonho, assim podemos definir esse especial de natal da oitava temporada de Doctor Who. Seguindo uma dinâmica parecida com o que vemos no filme A Origem, estrelado por Leonardo DiCaprio, Last Christmas levou os fãs da série a fazer uma viagem ainda mais insana do que aquelas a bordo da TARDIS.
Esse foi um daqueles episódios que a gente assiste e pensa “nossa, mano, que louco!” Ao mesmo tempo, levando em consideração o andamento dessa temporada, eu meio que sou levado a pensar que esse foi um episódio para compensar tudo o que aconteceu e, principalmente, não aconteceu em Death in Heaven.
Se eu gostei do episódio? Sim, eu gostei. Todo aquele lance de sonhos dentro de sonhos, facehuggers e toda aquela referência a Alien (que, aliás, vocês deveriam assistir) veio em boa hora e foram muito bem aproveitadas. Aqui, nós tivemos um Doctor que, “a convite” de São Nicolau – sim, ele mesmo, o Papai Noel em pessoa – vai parar numa base científica no meio do Polo Norte, acompanhado de nossa querida Clara Oswald.
Em poucas palavras, a história gira em torno de um alien que está parasitando seres humanos, prendendo-se em suas faces e sugando suas lembranças até que eles sejam mortos. E o que isso lembra? Se você não sabe, assista Alien – O 8º Passageiro!
Então, eles estão lá, no meio do nada, num dos lugares mais frios do mundo e o Papai Noel no meio de tudo, afinal, é no Polo Norte que o Bom Velhinho mora, não é mesmo?
Mas, você deve perguntar, o Papai Noel é real?
Pois é, meus caros, essa foi a pergunta chave do episódio, aquela que, por sua vez, fez com que nosso Doctor entendesse tudo o que estava acontecendo ali.
Os facehhgers, nossos aliens intrometidos, tem a habilidade de induzir um estado de sono em seus hospedeiros, algo que, na mente de suas vítimas, parece tão real quanto possível, de modo que seus maiores desejos acabam “se tornando realidade”. E qual o maior desejo de Clara, depois de Death in Heaven? (sim, Clara foi vítima do facehuuger também).
Sério, Danny Pink é amor demais, gente. Até nos sonhos ele é um pão! Mas, voltando ao episódio, Danny dá uma virada na mente de Clara, que acaba abrindo mão de seu doce – e lindo – sonho ao lado de Danny para se juntar ao Doctor contra os aliens manipuladores de mentes.
Eu gostei do episódio. Achei que, ao contrário do anterior, ele foi bem conduzido. Não deu aquela sensação de informação demais em pouco tempo ou de várias coisas soltas por aí. Foi um episódio simples, mas sua simplicidade rendeu bem.
Aliás, acho que esse especial fechou muito bem essa oitava temporada que, inclusive, nos trouxe a revelação – um tanto óbvia – de que o Doctor não encontrou Gallifrey mesmo. Mas, se eu pudesse destacar o que mais me chamou a atenção até aqui, foi esse jogo entre o que é real ou não que permeou praticamente todos os episódios dessa temporada. Em Listen, isso veio a tona com a força do medo, que torna seus maiores temores em seus maiores monstros. Em Robots of Sherwoold, isso apareceu sobre a metáfora de Robin Wood; ele é real ou uma lenda? E aqui, em Last of Christmas, nós fomos levados a encarar a força de nossas crenças, mesmo que seja num homem de sobrancelhas grossas que viaja dentro de uma caixa azul.
Com essa, não há mais o que dizer além de FELIZ NATAL!
Aguardemos agora o início da próxima temporada, que trará o retorno de Clara e Doctor no episódio intitulado The Magician’s Apprentice. Enquanto isso, que tal ler nossas resenhas da série aqui?
Até a próxima!