Por Guilherme Souza
Conspiração, sangue e mortes moldaram o episódio de Game of Thrones desta semana.
A temporada parece estar bem focada em revelar toda a conspiração por trás da guerra pelo Trono de Ferro. Semana passada descobrimos que Littlefinger se juntou aos Tyrell para acabar com Joffrey, e largou os Lannister. E nessa semana descobrimos que ele já estava conspirando contra o mundo desde o começo da série. Foi ele o responsável pela morte de Jon Arryn, antiga Mão do Rei, uma revelação extremamente interessante, apesar de muitas pessoas não lembrarem do personagem, foi uma jogada bem estratégica dele. Temos a morte de Ned Stark, arquitetada por ele também, e agora a de Joffrey. Um curriculum de causar inveja nos maiores assassinos de Westeros.
As cenas envolvendo o personagem ainda foram interessantes pois trouxeram de volta os moradores do Vale, Lysa e Robin Arryn. A personagem roubou a cena em seus momentos, primeiro falando com Littlefinger e nos revelando o que ele já fez, e depois falando com Sansa, se mostrando extremamente lunática. O que será que o Vale nos reserva, principalmente juntando o trio Sansa, Lysa e Baelish?
Ainda nessa região, tivemos outro momento interessante envolvendo a dupla de ouro de Westeros: Arya e Cão. A relação dos dois é cheias de altos e baixos, com uma raiva mútua, mas uma necessidade de sobrevivência maior, e isso gera alguns momentos interessantes, como Cão ouvindo seu nome na lista de pessoas que a Arya quer matar. Contudo, o melhor momento da dupla nesse episódio foi quando Arya estava treinando, e o Cão resolveu jogar a real pra ela: ela não tem muitas chances de enfrentar alguém usando a Agulha em combate normal, não se a pessoa tiver uma armadura (e uma espada do tamanho da própria Arya). E tudo isso aconteceu enquanto ele zoava o antigo mestre dela, Syrio Forel. O que será que isso causará na personagem?
E, para fechar a rodada de política e conspiração, tivemos Cersei e Daenerys em seus momentos. A ex-rainha aparece em dois momentos distintos, mas interessantes. No primeiro ela trata do futuro de Tommen, permitindo a relação dele com Margaery, e conversando com Tywin sobre isso. Esse trecho foi interessante pois trouxe novamente o Banco de Ferro de Braavos à tona. Parece que essa organização(?) é bem rígida e mete medo em todos, sem exceção. No segundo momento, vemos ela com Oberyn, conversando sobre a situação da filha dela em Dorne, e pedindo para ele entregar-lhe um presente na volta para a região. Esse pedaço não trouxe algo relativamente interessante, mas serviu para mostrar que Cersei consegue ser razoável quando não está perdidamente bêbada.
E Daenerys finalmente começou a ver os problemas que governar algo pode gerar. Até o episódio passado ela deslizava sobre os lugares, vencendo a todos e deixando escravos felizes e livres. Agora descobrimos que não é bem assim. Os lugares pelos quais ela passou começaram a ter seus problemas, revoluções e assassinos tomando o poder, antigos governantes voltando a ativa e re-escravizando as pessoas que ficaram nesses lugares. Basicamente coisas que ela tem que controlar se quiser ser uma rainha minimamente decente. E é isso que ela decide fazer. Deixando de lado Westeros (por enquanto), ela resolve que “fará o que rainhas fazem. Governar.”. Não foi um trecho especialmente interessante, mas valeu bem pela volta de suas relações mais fortes com Sor Jorah, seu mais antigo conselheiro.
E, para fechar o sangue, que veio na forma do ataque de Jon Snow à vila de Craster.
Basicamente focado em batalha, o começo dessa trama foi interessante pois trouxe Jojen Reed tendo algumas visões do futuro, misturando coisas que Bran já viu com alguns conceitos novos, que provavelmente farão sentido mais para a frente. Depois disso foi luta e morte. E os dois destaques dessas lutas vão para Jon e Hodor.
O primeiro lutou com o líder dos desertores, em uma boa luta de espada contra facas, que acabou com uma das melhores cenas de morte da série até agora: a espada de Jon atravessando a cabeça e a boca do desertor.
O segundo ganhou pelo fator surpresa. Bran é pego por Locke enquanto o resto dos Corvos lutava, e levado para a floresta, e enquanto isso o garoto resolve visitar a mente de Hodor. Ele faz o gigante se soltar das correntes onde estava preso (facilmente, por sinal), correr atrás de Locke, o estrangular e depois destruir seu pescoço. Coisa simples. Acho que não se deve mexer com aquele grupo.
Mostrando bom equilíbrio entre o núcleo político e as batalhas, o episódio conseguiu cumprir seu papel bem. Revelações sobre a guerra pelo trono não param de surgir, e ainda mais devem aparecer nos próximos episódios, com o julgamento de Tyrion chegando e o núcleo de Stannis planejando algo envolvendo o Banco de Ferro. O que será que nos aguarda semana que vem?